domingo, 24 de julho de 2011

Formação continuada

          Cada vez que ocorre uma reestruturação na sociedade, surgem também novas maneiras de se organizar a educação e um novo jeito de se formar os profissionais que atuam nesta área. Novas exigências têm sido colocadas para a escola pública contemporânea e para os profissionais que nela atuam e, consequentemente, para a formação inicial e continuada.
          A formação continuada ganha status de política pública e, em vários momentos, é considerada como a única via para a garantia da qualidade dos processos de ensino e aprendizagem realizados na escola. Mesmo reconhecendo a formação como um privilegiado meio de ação e transformação das práticas docentes, é necessário compreender seus limites e possibilidades, já que a ação do professor é mediada por uma grande diversidade de elementos – condições de trabalho, condições subjetivas, leis – que extrapolam o âmbito da formação. Compreender tais limites é fundamental para que não se acredite no engodo das soluções fáceis que tem marcado os processos de formação inicial e continuadas dos professores.
          A formação continuada é compreendida como um aperfeiçoamento profissional capaz de promover a reflexão na e sobre a prática docente, auxiliando o professor a compreender os limites e possibilidades de sua atuação no contexto histórico e social no qual a escola está inserida. É, portanto, uma ação intencionalmente planejada que tem como objetivo mobilizar os conhecimentos da docência (científicos, pedagógicos e da experiência), com intuito de provocar problematizações e mudanças no trabalho do professor e contribuir para a tomada de decisões no seu dia-a-dia. 

sábado, 9 de julho de 2011

O menestrel (William Shakespeare)

Tecnologia na sociedade, na vida e na escola



                        Vivemos na era da informação. O ser humano nunca teve tanto acesso ao conhecimento científico, cultural e artístico na atualidade, pois vivemos em uma sociedade da aprendizagem, em que a aquisição desses saberes é primordial para o desenvolvimento econômico, social e cultural do indivíduo. Porém, há obstáculos que o impedem de transpor esse conhecimento  de maneira prática e eficiente em sua vida, porque exige-se dele novas competências cognitivas.
                        A falta de  novas habilidades cognitivas e de articulação entre a informação e a realidade são elementos que dificultam ao indivíduo converter a informação em conhecimento. As estatísticas comprovam este fato, uma vez que existem pessoas que não lidam coerentemente com o mundo informatizado, sendo conceituadas como analfabetos funcionais.
                        Para tanto, políticas públicas são desenvolvidas para amenizar os espaços não preenchidos na formação do indivíduo de modo sistemático.  O aumento da permanência do aluno na escola, acesso a instrumentos tecnológicos e projetos sócio-educacionais são algumas das ações implementadas por órgãos públicos e setores privados com o intuito de qualificar o cidadão para a construção de uma sociedade mais evoluída social e economicamente.
                        Dentro deste panorama, a escola não é apenas o único lugar que viabiliza a aquisição do conhecimento, outros ambientes favorecem a aprendizagem de modo a possibilitar maior dinamicidade do conhecimento, diferentemente da instituição escolar que o aborda como verdade absoluta e ,por vezes, inquestionável.

A relação do leitor com a hipertextualidade digital

O desenvolvimento de sujeitos leitores é uma das grandes preocupações da educação. Os novos processos de leitura requeridas pelo uso das novas tecnologias são inovações na área de leitura. Fazer com que as atividades docentes estejam ligadas ao uso da tecnologia, sobretudo, da Internet, já tem sido preocupação de vários pesquisadores e professores.
Com a popularização da tecnologia da informação e da comunicação, surgem novas relações com o saber, e nesse cenário está a prática educativa. Essas relações têm sido estudadas a partir de vários posicionamentos teóricos, cada um com sua contribuição, seja ela contrária ou favoravelmente ao novo processo comunicativo.
Não se pode mais deixar de lado a necessidade de um novo olhar para a leitura, agora para a leitura hipertextual. Lévy (1993, p. 33) propõe os elementos que compõe o hipertexto: O hipertexto é constituído por nós (os elementos de informação, parágrafos, páginas, imagens, seqüências músicas etc.) e por links entre esses nós, referências, notas, ponteiros, “botões” indicando a passagem de um nó a outro.
Percebe-se a riqueza da leitura hipertextual, a qual propicia ao leitor trilhar seu próprio caminho de leitura, utilizando-se dos recursos disponibilizados pelo hipertexto. O leitor/navegador torna-se um agente ativo desse processo de construção do seu universo de leitura. Ele interage com o meio. No ambiente digital, o leitor circula por diversos outros ambientes, trazendo à leitura dinamicidade e consequentemente à escrita também, prática que no livro fica limitada.
Ressalta-se a maneira como o suporte pode possibilitar novas maneiras de ler. O texto impresso traz imbuído um hábito de leitura de início, meio e fim, enquanto que o hipertexto modifica a ordem fazendo do leitor o construtor de sua leitura. Entretanto, para isso, o leitor precisa desenvolver competências para que tenha fluência em sua leitura como também em sua estratégia de navegação.

A escola como gestora do conhecimento não pode estar distante  dessa realidade. É fundamental que incorpore a hipertextualidade digital ao seu universo didático. 

Educação e tecnologia

Muito se espera do professor do século XXI e, além de atributos como a criatividade, capacidade para o trabalho em equipe e a necessidade da formação continuada, o uso das tecnologias está presente nesse novo paradigma educacional, em que o docente é um dos protagonistas. Usar as novas tecnologias a favor dos conteúdos é o ponto chave. Usar os recursos tecnológicos a favor do conteúdo significa contextualizá-los de acordo com estes objetivos, de modo que façam total sentido como um caminho natural para a conquista do conhecimento. Esse é um trajeto em construção em nossa realidade, porque por mais que as mídias estejam mais acessíveis, ainda se tornam objetos a serem conquistados e inseridos, de fato, no cotidiano dos nossos alunos. Essa mudança está acontecendo e tem que acontecer a todo custo, pois são as exigências do “novo tempo, da nova era”. Agora, sabemos que toda transição e modificação é dolorosa, porque exige transformação total de todos que estão inseridos no processo educacional. Mudar do livro para o computador é mais rápido do que mudar toda uma didática, estratégias e postura. Requer paciência, entrega e desejo de transformação. Para tanto exige-se tempo. E no momento em que estamos , o tempo urge. É a realidade!

Quem sou como professor e aprendiz?

Ser professor é inserir-se em uma educação que o qualifica para o exercício da profissão e o coloca numa aprendizagem permanente, ao longo da vida. É estar reconstruindo-se constantemente, pois utiliza o conhecimento como ferramenta de trabalho, o qual é mutável. É ser avanço e recuo diante das demandas da sociedade. Por mais que o discurso político enfatize prioridade à educação, o professor sofre uma desvalorização da sociedade. Sente sobre os seus ombros o peso da enorme responsabilidade que lhes é imputada pelo Estado e pelas famílias. Sendo desafiado e ameaçado pelas urgentes mudanças e inovações educacionais, sente-se desencantado e às vezes desmotivado profissionalmente. Devido a vários itens, segundo pesquisas, como: salário, crescimento da carreira, condições de trabalho, violência nas escolas, a profissão de professor não se torna atraente para muitos jovens. Acompanhamos a repulsa de muitos à escolha de cursos de licenciatura. Neste contexto encontro-me, como muitos outros professores, travando lutas e enfrentando desafios com os “vazios” existentes no processo educativo dos nossos alunos e das inovações do atual processo de ensino-aprendizagem. Continuo na educação porque foi o meu primeiro lugar de trabalho e foi onde me identifiquei profissionalmente. Gosto de trabalhar com o conhecimento. Sinto-me bem ao ver que colaboro com a aprendizagem de outras pessoas. Para mim, é motivo de satisfação pessoal.

Atividades do Curso e-ProInfo

Eu sou Ana Cristina dos Santos, leciono na Escola Municipal Vereador Nelson Carneiro, Distrito de Cepilho - Areia/PB desde 1995e no Colégio Santa Rita. Sou professora da disciplina de Língua Portuguesa, no 6º e 9º ano, e de Literatura no Ensino Médio. Estou dando continuidade a segunda etapa do Programa Inclusão Digital, Curso TCIs, com o objetivo de adquirir mais conhecimento na área tecnológica para aprimorar minha prática pedagógica.