domingo, 24 de julho de 2011

Formação continuada

          Cada vez que ocorre uma reestruturação na sociedade, surgem também novas maneiras de se organizar a educação e um novo jeito de se formar os profissionais que atuam nesta área. Novas exigências têm sido colocadas para a escola pública contemporânea e para os profissionais que nela atuam e, consequentemente, para a formação inicial e continuada.
          A formação continuada ganha status de política pública e, em vários momentos, é considerada como a única via para a garantia da qualidade dos processos de ensino e aprendizagem realizados na escola. Mesmo reconhecendo a formação como um privilegiado meio de ação e transformação das práticas docentes, é necessário compreender seus limites e possibilidades, já que a ação do professor é mediada por uma grande diversidade de elementos – condições de trabalho, condições subjetivas, leis – que extrapolam o âmbito da formação. Compreender tais limites é fundamental para que não se acredite no engodo das soluções fáceis que tem marcado os processos de formação inicial e continuadas dos professores.
          A formação continuada é compreendida como um aperfeiçoamento profissional capaz de promover a reflexão na e sobre a prática docente, auxiliando o professor a compreender os limites e possibilidades de sua atuação no contexto histórico e social no qual a escola está inserida. É, portanto, uma ação intencionalmente planejada que tem como objetivo mobilizar os conhecimentos da docência (científicos, pedagógicos e da experiência), com intuito de provocar problematizações e mudanças no trabalho do professor e contribuir para a tomada de decisões no seu dia-a-dia. 

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